Sem Terra reafirmam agroecologia como instrumento de luta em defesa da vida

agroecologia

*Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Entre os dias 21 e 22 de outubro, cerca de 100 trabalhadores Sem Terra realizaram a primeira etapa do seminário de formação política “Agroecologia: um instrumento de luta em defesa da vida”.

O evento, que teve caráter intersetorial, integrou os setores de educação, gênero, produção e comunicação do MST da Brigada Nelson Mandela, no Extremo Sul do estado.

Com o objetivo de estudar os caminhos da construção da agroecologia e a defesa da soberania alimentar, o seminário debateu a lógica de produção de alimentos do agronegócio, as condições de acesso e de preparação da produção para comercialização pelas famílias Sem Terra e o cultivo de hábitos alimentares saudáveis.

Para Izaura Santos, da direção estadual do MST, a metodologia utilizada no seminário permitiu a integração entre a teoria e a prática, ao mesmo tempo em que possibilitou às famílias a realização de atividades alternativas a partir dos recursos existentes na própria comunidade.

“O seminário foi de grande importância, pois não só denunciou os malefícios do agronegócio, mas também mostrou os meios alternativos para contrapor essa lógica”, afirmou a dirigente Sem Terra.

“As ações práticas nos permitiu compreender que a agroecologia não é simplesmente um meio de trabalhar, mas sim um modo de vida”, avaliou Izaura.

A vida está ameaçada

Já Ronaldo Bastos, engenheiro agrônomo do MST, denunciou a abusiva utilização de veneno no modelo de produção do agronegócio, ao afirmar que afeta a sociedade brasileira e, ao mesmo tempo, destrói o meio ambiente.

“O derramamento de veneno nas lavouras contamina o ar, os solos e as águas, chegando nas mesas das famílias a tal proporção que a ingestão de veneno por pessoa chega a ser 7,2 litros por ano. A sociedade ainda não tem noção das reais consequências para a vida que esse modelo provoca”, refletiu.

Frente a essa lógica, e comprometidos com a defesa da soberania alimentar, os trabalhadores apontaram a agroecologia como modelo viável para a defesa da vida e reafirmaram o compromisso com a luta.

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